Lolita morreu após 50 anos em cativeiro e ela deixou um recado para a humanidade
Lolita foi tirada de sua família, de sua mãe, de seu grupo há 52 anos atrás para ser “atração” no Miami Seaquarium.Também conhecida como Toki, abreviação do nome nativo americano do animal, Tokitae — é a única sobrevivente do ataque e passou quase toda a vida no menor e mais antigo tanque de orcas dos EUA.
Apos anos de luta de ativistas em defesa de direitos animais, a data de sua soltura (que seria por si só complexa) estava se aproximando.
Lolita é um exemplo na nossa cara de como tratamos os animais não humanos, retirando de suas famílias, para fazermos o que quisermos, em prol de uma suposta “diversão”.
Provavelmente não somos tão inteligentes assim afinal.
Eu me comuniquei intuitivamente (ensino aqui) com Lolita, com Tokitae.
Segue o que ele disse:
Ela mostrou todo o terror e medo ao ser separado de sua mãe e família/grupo.
De ver outros morrendo.
De ir para um lugar que ela não conhecia.
Durante décadas eu nutria a esperança de que veria minha família e grupo novamente, porém com o passar dos anos eu perdei essa esperança.
Eu vivi por viver apenas.
Foi uma vida triste.
Sem minha família. Sem esperança.
Eu teria outro destino, em vida livre com minha família, mas ele foi mudado pelas ações da sua espécie.
Por fim ela deixou um recado final:
“Desejo que a minha história ajude vocês, animais humanos a pensar no que estão fazendo aos outros seres.
No quão estão errado na relação e no que pensam dos demais.
Um dia vocês entenderão com nossas histórias de escravidão e cativeiro e olharão para trás, para sua história com pavor e espanto, se perguntando como puderam fazer isso.
Que histórias como a minha despertem o melhor de vocês. Nem que comece com alguns que lutam pela gente”.
19/08/2023
Ricardo Garé
Veterinário Integrativo
Comunicador Animal