Suspeita de pesca: golfinhos com as barbatanas cortadas são encontrados mortos em praia – ANDA
Imagine você, ao andar por uma praia, quando… se depara com um golfinho que teve sua barbatana cortada.
André, de 31 anos, deparou-se com essa cena triste na Praia dos Quarenta. Imediatamente alertou a Proteção Civil, que acionou a Rede de Arrojamentos de Lisboa e Vale do Tejo.
Felizmente, no mesmo dia, eles foram resgatá-lo, conta o autor do blog Torres Vedras Antiga, onde tornou pública a situação.
“André não se limitou a denunciar o incidente nas redes sociais”, conforme diz o site. Ele contatou as autoridades para entender o que poderia ser feito para evitar mais mortes de animais em situações semelhantes, conhecidas como “capturas acidentais”, quando os animais ficam presos nas redes de pesca e têm suas barbatanas cortadas pelos pescadores na tentativa de “libertá-los”.
“É extremamente triste testemunhar isso”, desabafa, lembrando as várias vezes nos últimos anos em que presenciou situações semelhantes. “Lamento que não se tenha dado a devida atenção à questão dos golfinhos”.
Especialmente para espécies com populações em números muito baixos, como o boto, as “capturas acidentais” têm se mostrado um grande problema, visto que reduzem a espécie.
Os animais arrojados representam cerca de 10% a 15% dos milhares de cetáceos que morrem a cada ano no mar.
Licenças para redes de emalhar são um problema significativo, Catarina alerta que este ano provavelmente será registrado um recorde de mortes de botos devido a capturas acidentais, infelizmente.
“O veterinário Miguel Grilo relata que, nos últimos dois anos, cerca de 25% dos 115 mamíferos marinhos identificados na região apresentavam ferimentos que indicavam captura acidental”, além de haver também “situações de trauma” relacionadas a colisões com embarcações.
Conflito de interesses
Há um conflito de interesses entre a indústria pesqueira e a megafauna marinha, como golfinhos ou baleias, já que muitas vezes, as áreas de pesca e habitat desses animais se encontram, gerando conflitos quando os pescadores buscam exercer suas atividades e os animais procuram por alimento para sobreviver.
Os golfinhos buscam frequentemente o peixe que fica preso nas redes de pesca para economizar energia na captura. No entanto, acabam por ficarem presos muitas vezes e acabam morrendo por asfixia..
Já que esses animais têm mais de 80 quilos e são robustos, é extremamente difícil libertá-los das redes, levando os pescadores a cortar as barbatanas. “A maneira mais prática de removê-los das redes é cortá-los”, explica a pesquisadora. “Como não podem ser mantidos a bordo, eles são liberados no mar.”
O blog finaliza com a seguinte frase: “a pesca indiscriminada continua a ceifar vidas marinhas preciosas. Estatísticas alarmantes mostram que um número inaceitável de golfinhos está morrendo como vítimas colaterais. É hora de ação imediata para proteger nossa fauna marinha.”
Devo dizer que concordo. Especialmente pelo fato de que, ontem, quando estava no mar, surfando, ter sido encontrado por golfinhos e me comunicado com eles. Foi incrível. Você pode saber mais no vídeo que publiquei no Instagram, a seguir: Comunicação com Golfinhos
Se quiser mais informações sobre o caso relatado no início, pode visitar o site da Anda News: Golfinhos com barbatanas cortadas